Humana

Agenda cultural / Clube de Leitura Voraz da Humana em versão peripatética

Descrição:

Já que não nos é recomendada a reunião em grupos em locais fechados, o Clube de Leitura da Humana Sebo e Livraria, que já estava com saudades de seus encontros, agora ocorrerá em formato peripatético. O que quer dizer isto? Que conversaremos sobre livros, caminhando, tal qual nos ensinaram os filósofos gregos Sócrates e Aristóteles, que falavam enquanto andavam pelas ruas de Atenas, para garantir que a mente e o corpo estivessem em pleno movimento.

No dia 7 de novembro, sábado, às 9h30, os(as) leitores(as) vorazes se encontrarão no Pachamama, no Assentamento Dom José Gomes, na Água Amarela, em Chapecó, e caminharão com ideias e paisagens, com chegada prevista para às 11h00. No local, continuaremos a conversa e logo após será servido, ao ar livre, um almoço com produtos coloniais produzidos dentro do próprio assentamento. O valor da inscrição é R$ 29,00 por pessoa e para participar, favor enviar pedido de inscrição pelo e-mail humanasebolivraria@gmail.com ou diretamente na livraria. As vagas são limitadas.

O livro que leremos será “Os Irmãos Tanner”, de Robert Walser, que seria o livro da vez no Clube de Leitura Voraz no dia 13 de março, contudo, sua realização foi suspensa por conta do início da pandemia. Por coincidência, Robert Walser era conhecido por suas extensas caminhadas, a escolha do livro, portanto, é singular para a ocasião.


Sinopse de “Os irmãos Tanner”:

Publicado originalmente em 1907, Os irmãos Tanner inaugurou uma série de três romances que, juntamente com uma prosa curta sem paralelo, inscreveram na história da literatura em língua alemã o nome do suíço Robert Walser. Sua coleção de admiradores declarados é tão nobre quanto extensa e inclui, entre outros, Franz Kafka, Thomas Mann, Walter Benjamin, W. G. Sebald, Susan Sontag e J. M. Coetzee. Com forte componente autobiográfico, o livro acompanha a história do jovem Simon Tanner, que tem quatro irmãos e perambula por quartos alugados, pelas ruas da cidade grande e pela paisagem campestre suíça, ora em longas e ociosas caminhadas, ora no exercício de pequenos empregos ― que vão do trabalho como serviçal para uma dama ao de funcionário numa fábrica, passando por temporadas sempre fugazes como ajudante de livreiro, empregado num escritório de advocacia, bancário ou escrevente. Ele não sabe muito bem o que fazer da vida, nem mesmo se quer de fato fazer alguma coisa dela.


Sobre o Robert Walser:

Por mais de meio século, o nome de Robert Walser esteve mais ligado à obra de Franz Kafka que à sua própria. A partir de 1913, quando o escritor tcheco lançou seu primeiro livro, Contemplação, diversas resenhas compararam sua prosa à do já então conceituado autor suíço. O austríaco Robert Musil foi dos primeiros a estabelecer esse vínculo. Para ele, a prosa curta kafkiana mais parecia “um caso particular do tipo Walser”. A comparação perduraria por décadas e acabaria, inadvertidamente, por ocultar o gênio de Walser sob a sombra avassaladora de Kafka. Além de identificar certo parentesco entre a obra dos dois escritores, a resenha de Musil inaugurou uma extensa galeria de ilustres admiradores confessos do escritor suíço. Para citar apenas alguns, ela inclui Thomas Mann e Elias Canetti, Walter Benjamin e Susan Sontag, W. G. Sebald e J.M. Coetzee, além, é claro, do próprio Franz Kafka. Composto sob a forma de diário, e publicado em 1909, o relato da trajetória do jovem de origem supostamente nobre que ingressa no Instituto Benjamenta para aprender a servir é, hoje, considerado uma das obras-primas da literatura ocidental. Walser escreveu-o ao longo de 1908, em Berlim, onde, três anos antes, chegara a frequentar ele próprio instituição semelhante. Recheado de elementos autobiográficos, o diário de Jakob von Gunten descreve seu relacionamento conflituoso com o colega Kraus, modelo absoluto de humildade e subserviência, e com os misteriosos proprietários da instituição educacional: o diretor e sua enigmática irmã, mestra adorada. Do conflito do jovem Jakob entre uma suposta grandeza de berço e a certeza de que não será nada na vida, entre o orgulho familiar e o aprendizado da humildade, Walser extrai uma das narrativas mais intrigantes do século XX. Hoje, crítica e público percebem diferentemente o parentesco que o une ao escritor tcheco: como Kafka, Walser é um mestre, modelo e fonte de inspiração para alguns dos maiores escritores do nosso tempo. “Walser é um visionário das pequenas coisas.” – W. G. Sebald “As figuras humanas de Robert Walser partilham sua nobreza infantil com os personagens dos contos de fadas.” – Walter Benjamin “Walser extrai de sua experiência o material para seus romances. No caso de Jakob von Gunten, essa experiência sofre uma maravilhosa transmutação.” – J.M. Coetzee   “Seu repúdio profundo e instintivo a tudo quanto é ‘elevado’ faz de Robert Walser um poeta fundamental do nosso tempo, a quem o poder sufoca.” – Elias Canetti   “É um escritor verdadeiramente magnífico e pungente.” – Susan Sontag


Como adquirir o livro?

O livro custa R$ 45,00, pode ser adquirido presencialmente na livraria Humana, localizada na Rua Marechal Bormann, 82D, dentro do Centro Comercial Chapecó ou on-line através do website www.humanasebolivraria.com.br


Dicas:

Ponto de encontro: às 9h30 do dia 7 de novembro, sábado, no Pachamama, no Assentamento Dom José Gomes, na localidade da Água Amarela, em Chapecó.

Se precisar da localização ou mais informações, peça-nos pelo fone/whatspp: 49 3316-4566.

Leve protetor solar, boné ou chapéu e repelente. Água para hidratar nunca é demais. A caminhada dura aproximadamente 1h30, depois almoçaremos no Pachamama.