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Por que ler?

Os Pensamentos de Leopardi apareceram postumamente em 1845, mas já haviam sido escolhidos e organizados por ele mesmo; a eles Leopardi alude em uma carta, pouco antes de sua morte, como sendo um “volume inédito de Pensamentos sobre o caráter dos homens e sua conduta em Sociedade”. Esses Pensamentos foram submetidos a um trabalho de sutil acabamento estilístico, o que os torna de uma clareza cruel, como fossem epígrafes esculpidas no teatro móvel da vida. Percebe-se nestas páginas, escreveu Sergio Solmi, certo caráter de “glacialidade” e, ao mesmo tempo escrupulosa precisão em revelar os mecanismos nas relações sociais e nas mentes dos homens, esses seres “míseros por necessidade, e firmes em acreditar-se míseros por acidente”. Ao lado do grande lírico da desolação e da fabulosa infância, havia em Leopardi um La Bruyère envolto de uma áurea gnóstica, e que em nenhum outro escrito falou com tanta lucidez como nestas anotações.

 

Trechos:

Ao início do livro, Svetlana Aleksiévitch apresenta um capítulo intitulado “Entrevista da autora consigo mesma sobre a história omitida e sobre por que  Tchernóbil desafia a nossa visão de mundo”, em que explica: “Sou testemunha de Tchernóbil. O principal acontecimento do século xx, além das terríveis guerras e revoluções que já marcam essa época. Passaram-se vinte anos desde a catástrofe, mas até hoje me persegue a pergunta: eu sou testemunha do que, do passado ou do futuro? E tão fácil deslizar para a banalidade”.

Trecho do “Monólogo sobre a paisagem lunar”, depoimento fornecido à autora por Evguêni Aleksándrovitch Bróvkin: “De repente eu comecei a ter dúvidas: o que é melhor, lembrar ou esquecer? Fiz essa pergunta aos meus conhecidos. Alguns já tinham esquecido e outros
não queriam lembrar, já que não podemos mudar nada e nem mesmo sair daqui. […] As pessoas em geral acreditavam em cada palavra impressa, embora ninguém publicasse ou falasse a verdade. Por um lado a escondiam; por outro, não a compreendiam de fato […]”

Ficha técnica: