Tatiana Lazzarotto é destaque no Encontro Literário da Humana Sebo e Livraria
Como lidar com a morte de quem amamos? Este enigma atroz é tema recorrente à literatura – mas não apenas a ela, também às religiões, artes e filosofias. Tatiana Lazzarotto, autora nascida no oeste de Santa Catarina, encara esta situação trágica em seu romance autoficcional. No livro “Quando as árvores morrem”, estamos diante da partida abrupta do pai da escritora.
E não se tratava de uma figura paterna qualquer. Elio Maria Lazzarotto, que morava em São Lourenço do Oeste (SC), era o Papai Noel do Brasil. Levou sua profissão a sério: respondia a milhares de cartas (ao longo dos 30 anos em que atuou, recebeu 1,5 milhão de cartas e chegou a ter um CEP exclusivo); virou selo dos Correios; fazia aparições espetaculares a bordo de helicópteros. Ao falecer, seu obituário foi publicado na Folha de São Paulo. Mais do que falar sobre o pai, o que está em jogo neste excelente livro é o processo de luto: “Muito se fala sobre os dias após a morte, pouco se fala sobre os dias seguintes aos dias seguintes”, escreve Tatiana.
Em Chapecó, na Humana Sebo e Livraria, no dia 3 de junho, sábado, às 15h, a autora falará com o público sobre seu romance e também autografará exemplares de “Quando as árvores morrem”, publicado pela editora Clarabóia. A entrada é franca e o livro já está disponível para a venda tanto na loja física quanto na loja virtual da Humana Sebo e Livraria pelo valor de R$ 54,90.
Sinopse
Narrado em primeira pessoa, o romance apresenta a história de uma mulher que perde o pai de forma repentina. Ela retorna a Província – cidade fictícia – para atender aos desejos deixados por ele: recuperar a casa da família e garantir que a velha árvore do quintal, já condenada, não seja derrubada. Ao mesclar uma experiência ficcional de luto com as próprias memórias (o pai da autora faleceu em 2018), a narradora relembra a trajetória do patriarca, que deixou a profissão de comerciante quando ela e os irmãos eram crianças para se transformar em Papai Noel profissional. A família, galhos entrelaçados de uma árvore, é rememorada como clã – e configura-se como uma espécie de cordão de pisca-piscas em que cada lâmpada acesa importa para iluminar toda uma fileira. É a partir das memórias reais e ficcionais, suscitadas pelo próprio estar de abandono, que a autora, já adulta, constrói uma narrativa madura e afetuosa sobre o luto.
Sobre a autora
Tatiana Lazzarotto (@tatiana.lazzarotto) é escritora e jornalista. Nasceu em São Lourenço do Oeste (SC), em 1985, e é radicada em São Paulo desde 2011. Em 2020, foi premiada pelo edital ProAC com seu romance de estreia “Quando as árvores morrem”. Integra o Clube da Escrita para Mulheres, fundado pela escritora Jarid Arraes. Já publicou em revistas literárias como: gueto, Ruído Manifesto e Desvario. Formada em jornalismo e em letras-português pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro-PR), atualmente é mestranda em estudos culturais pela Universidade de São Paulo (USP), onde estuda coletivos de mulheres escritoras. É uma das organizadoras do livro Cartas de uma pandemia: Testemunhos de um ano de quarentena (Claraboia, 2021).
Serviço
O quê: Encontro literário e sessão de autógrafos com Tatiana Lazzarotto;
Quando: 03 de junho de 2023, às 15h;
Onde: Humana Sebo e Livraria, rua Marechal Bormann, 82D, dentro do Centro Comercial Chapecó;
Quanto: entrada franca, livro vendido a R$ 54,90;
Mais informações: 49 3316-4566.